terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Mecanismos de ação antifúngica pós-colheita da Quitosana em Tomates

Alternana alternata é o agente causador do fungo preto em tomates. Tratamentos pré e pós-colheita normalmente são necessários para prevenir o desenvolvimento do fungo. Até hoje, nenhum fungicida foi aprovado para tratamento pós-colheita de tomates para inibir o desenvolvimento da Alternaria devido a toxicidade residual e a resistência dos patógenos.
A Quitosana vem mostrando possuir atividade antifúngica contra uma gama de fungos. Esse biopolímero estimula a atividade da quitinase em morangos quando aplicada diretamente sobre o tecido amputado, e estimula as barreiras de defesa estruturais quando aplicado sobre as feridas da haste de pimentas. A cobertura de Quitosana prolongou a vida de prateleira de tomates e morangos, e controlou a deterioração de morangos. A equipe já mostrou em trabalho anterior que a Quitosana inibe a produção de toxina pela A. Alternata e a produção de enzima macerante por Erwinia além de estimular a produção de fitoalexina.
O objetivo dessa investigação foi estudar o efeito da Quitosana sobre o controle do fungo preto sobre o tomate e sua interferência sobre os fatores virulentos dos fungos tais como as enzimas degradantes da parede celular (poligalacturonase, pectateliase e a pectina metilesterase), ácidos orgânicos (ácidos oxálico e fumárico), toxinas específicas (alternariol e alternariol monoetileter) envolvidas em processos patogênicos, assim como o aumento da produção de fitoalexinas (risitina) em tomates.

Observou-se uma redução significativa no crescimento dos fungos e no tamanho das lesões com o tratamento da Quitosana comparada com o controle. As lesões foram 50% menores na superfície dos frutos tratados com Quitosana após 4 semanas de armazenamento comparado com apodrecimento total do controle em 3 semanas. As atividades das enzimas degradantes e dos ácidos orgânicos, e as toxinas específicas foram reduzidos em mais de 50% e os níveis de risitina foram maiores nos tratamentos com Quitosana. Os ensaios quantitativos para risitina revelou um aumento de pelo menos 50% de seus níveis após 14 dias de armazenagem dos tomates tratados com Quitosana, contribuindo para uma maior resistência do tecido. Adicionalmente a atividade antifúngica, a a Quitosana também inibiu a produção de fatores de virulência pelos fungos enquanto estimulava a produção de fitoalexina no hospedeiro. Desta forma, a Quitosana possui um grande potencial para o controle de fitogêneos pós-colheita em frutas e verduras.
MV BHASKARA REDDY, J ARUL, P ANGERS, and F CASTAIGNE
Department of Food Science and Nutrition and Horticultural Research Center, Lava University, Ste-Foy, Quebec, Canada, GI K 7P4

Um comentário:

@gabipossati disse...

Olá, vou montar experimentos com aplicação de quitosana em frutos, mas não estou encontrando empresas que comercializem o produto. Se puder passar informações, meu email é: gabi_f14@hotmail.com .
Obrigada.

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